Que neste dia possamos lembrar e honrar a luta de muitas gerações de mulheres. Mulheres que lutaram e, ainda hoje, lutam pela igualdade de oportunidades e reconhecimento no mercado de trabalho. Que lutam para serem respeitadas. Que lutam para estarem seguras. Que lutam para serem incluídas e amparadas em suas necessidades que não são iguais as dos homens. Que lutam para terem a importância dos seus papéis e talentos igualmente reconhecidos e prestigiados. Que lutam para conseguirem criar seus filhos e conciliar a importante missão de gerar e formar novos seres humanos para o mundo e cidadãos para a sociedade, com sua missão profissional.
E que neste dia também possamos refletir sobre o mundo em que estamos vivendo e sobre o mundo que estamos criando. Dar uma paradinha na rotina corrida que transforma pessoas em robôs que agem em seu piloto automático, respirar e pensar: Qual minha parte em tudo isto? Como me insiro neste sistema de trabalho e relações sociais? Que papéis sociais tenho ocupado? Como isto se reflete em meu dia-a-dia? Em minhas atividades, relações e qualidade de vida? Em meu bem estar, saúde e felicidade? Que tipo de realidade estou criando para mim dia após dia? Como isto se reflete nas pessoas ao meu redor? E na sociedade como um todo? Que tipo de educação e que tipo de mundo quero deixar para meus filhos?
Pessoas que buscam a ampliação da consciência e o autodesenvolvimento, precisam se fazer, constantemente, estas perguntas. Contudo, hoje é um ótimo dia para se recordar deste importante exercício de reflexão. E, após responder as perguntas anteriores se questione: Qual é a minha parte na co-construção desta realidade? O que faz sentido para mim e o que não faz? O que eu gostaria de manter e o que eu preciso transformar? É através de cada um de nós, que o todo se constrói. É através da mudança da nossa parte (aquela que depende de nós e que sempre está presente), que podemos mudar para melhor nossa vida e, por consequência, muitas vidas ao nosso redor.
Acredito que nossa sociedade ainda tem um longo caminho na construção de relações sociais e de trabalho baseadas no respeito e aceitação das diferenças. Baseadas na busca do equilíbrio entre o masculino e o feminino, sem que um tenha que subjugar o outro para sentir-se seguro ou importante. Relações de apoio mútuo, em as pessoas compreendam que todos são importantes e necessários e que somos melhores e mais fortes ao unirmos as forças e somarmos as diferenças. Onde todos os seres humanos, independentemente de sexo e gênero, tenham seu espaço e oportunidades.
Um viva às mulheres, guerreiras da humanidade! Que tenhamos sabedoria para escolher nossas batalhas! E que possamos trabalhar junto a outras mulheres e homens para a construção de uma realidade melhor para todos os seres humanos.